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Reparo você,
assim,no mesmo lugar, vazio, fútil.
Me parece que o oco tomou conta de você,
pode ser...
Não quero ter tempo para falar seu nome,
nome de infância, falso.
Pra que brilhos se eu sei que no íntimo és fosco e podre?
Sua casca não engana, me enganou um dia, hoje não mais
seu escudo é vulnerável, indefeso e frágil
e as armas que tenho já o venceram.
A batalha terminou
e eu não espero mais nada de você,
covarde!
O dia amanheceu, e tu?
fugiu da guerra que criou...
De tudo ficou o ódio, amargo
machucou e feriu- mas não deixou feridas
não foste capaz de dizer nada....
como as águas do mar, ficou o salgado
pedaços de sorrisos e só.(inverno de 2007)
Palavras mudas
Não tente entender meu silêncio,
minha timidez e meu recato.
Queria saber falar para poder falar,
- expressar meus sentimentos
de forma clara, limpa e aberta,
assim como os pássaros cantam
sem ninguém para os compreender...
ele toma conta de mim, trava,
como as veias que nos amarra e nos sufoca
mas que nos oferece a vida
uma palavra? eu não consigo...
Só, igual a solidão na noite escura.
Me falta o sopro
Não sinto minha respiração
e num instante lágrimas tomam conta do meu rostofazendo uma vertente que seca e por vezes inunda.
Leia meus gestos, escute minhas emoções
... é o único sinal que sei fazer
Olhe nos meus olhos e escutará meu silêncio
Eu sei gritar em sentimento
E sei cantar sem voz.
Deixo aqui as lembranças de um tempo,Ficam aqui os pedaços e as memórias...Deixo as palavras não ditasas bebidas não bebidas,os filmes não vistose os passeios paralíticos.Me desfaço do escuro, da fumaça e da loucuraRasguei as cartas...- ânsiasEstou tonto e é tarde para voltar,Fica comigo, aqui,-apenas.