sábado, 24 de outubro de 2009

VAZIO COVARDE

Reparo você,
assim,

no mesmo lugar, vazio, fútil.
Me parece que o oco tomou conta de você,
pode ser...
Não quero ter tempo para falar seu nome,
nome de infância, falso.

Pra que brilhos se eu sei que no íntimo és fosco e podre?
Sua casca não engana, me enganou um dia, hoje não mais
seu escudo é vulnerável, indefeso e frágil
e as armas que tenho já o venceram.

A batalha terminou
e eu não espero mais nada de você,
covarde!
O dia amanheceu, e tu?
fugiu da guerra que criou...

De tudo ficou o ódio, amargo
machucou e feriu

- mas não deixou feridas
não foste capaz de dizer nada....
como as águas do mar, ficou o salgado
pedaços de sorrisos e só.



(inverno de 2007)

Um comentário:

  1. Por que será que todos os sentimentos que reprimimos são mais dificeis de esquecer?
    Sejam eles bons ou ruins...ficam vagando em nossas mentes por algum tempo ainda.

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